terça-feira, 12 de junho de 2012

Exú Tiriri


Seu Tiriri é um Exú rebelde, que de acordo com as “lendas”, ele se apaixonou pela filha do Rei que mesmo sabendo disso, mandou aprisioná-lo numa torre.

Mesmo sendo rebelde, é um Exú bastante sedutor e sempre chama atenção de homens e crianças chegando a hipnotizar as mulheres, por isso é considerado o “Senhor da Vidência”, e nisso é um dos mais invocados em casos relacionados à leitura de búzios.

Apresenta-se como um homem preto de capa vermelho-preto com deformação facial. As suas vestes geralmente é uma capa, chapéu com boina com visor ou com uma aba alta. Às vezes também utiliza um bastão ou uma bengala para se locomover. É um homem hábil, astuto, extrovertido, falador e às vezes irônico.

Adora um bom uísque ou uma bebida forte de boa qualidade e também fuma charutos grossos. Sua grande força é no despacho de trabalhos nas encruzilhadas, matas e rios. Trabalha na linha de Oxalá. 

Exú do Lodo


Exú do Lodo é uma falange ligada às Almas e ao Orixá Omulu, mas que poucos sabem é que ele está intimamente ligado a Nanã e a Iemanjá, pois sua energia telúrica se funde coma energia aquosa.

Exú do Lodo é um dos sentinelas das almas enviado direto de Omulu que trabalha na transmutação de energias, transformando o chumbo em ouro, o lado negativo em positivo.

O motivo de usar muito a cor preta é que representa a transformação. Promove grande limpeza e descarrego tirando as pessoas das doenças, principalmente as doenças de pele, e das misérias.Possui um grande poder mágico, pois ele trabalha no encontro das águas com a Terra e as pedras onde se forma o Lodo tirando destes elementos todo subsídio.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Zé Malandro


A sua principal característica de identificação é a malandragem, o amor pela noite, o jogo de baralho, a boêmia, a música e a atração pelas mulheres principalmente as prostitutas.

Quando se manifesta se veste a caráter. Usa-se roupas leves, chapéu ao estilo Panamá e camisa de seda. Ele sempre justifica o uso da camisa de seda que a navalha não o corta.

Bebe tudo da cachaça ao uísque. Fuma na maioria das vezes o cigarro, mas utiliza também o charuto.

Pode se envolver com qualquer tipo de assunto e possui uma capacidade espiritual elevada para resolvê-lo. Pode curar, desamarrar, desmanchar, abrir os caminhos e proteger seus filhos de fé.

Assim é o Zé Malandro, alegre, amigo, cordial, leal, simples e verdadeiro. Se você pode enganá-lo, ele o desmascara na frente de todos sem a menor cerimônia. Apesar da figura de um bom Malandro, do bom jogador de cartas e das arruaças, ele detesta que lhe façam mal e enganem os mais fracos.

Exú Veludo


Pertence à linha das encruzilhadas. É o assistente imediato do Exú Rei das Sete Encruzilhadas. O que ele mais gosta de fazer, mas não faz isso constantemente talvez devido ao local do médium, faz com que o médium passe a trabalhar descalço e ao caminhar dá a impressão de que está amassando ou pisando sobre a areia.

Protege demais os seus médiuns e exige muito dele para a manutenção da sua ligação ao médium. Usa-se um turbante na cabeça e lindos tecidos de Veludo trazidos do Oriente que lhe valeram o apelido de “Veludo” na Quimbanda.

Sua forma astral é na forma de um cavalheiro ricamente vestido e elegantemente de vermelho-preto, a sua capa é também dessa cores. Bebe todos os tipos de bebidas finas e fortes como uísque, conhaque. Fuma charutos de boa qualidade.

Recebe oferendas de trabalho na beira do mar tanto doce e salgada. Tem muito conhecimento sobre feitiços que utilizam panos, tigelas, agulhas e pembas. Abre os caminhos e limpa todos os trabalhos negativos feitos em cemitérios.

Pomba Gira Maria Farrapo


Trabalha junto com a Pomba Gira Maria Mulambo, porque faz parte da mesma hierarquia. É muito comum vermos Maria Farrapo apresentando-se à incorporação nos pontos de Maria Mulambo.

Uma característica marcante de Maria Farrapo é a ironia e a irreverência. É direta e objetiva, costuma ir direto ao “ponto”, o que surpreende o médium e ao consulente.

Quando Maria Mulambo recebe um pedido sempre terá a companhia de Maria Farrapo. Não é fácil trabalhar com Maria Farrapo, mas com certeza é uma missão que exige um grande autoconhecimento por parte do médium e uma sintonia com essa guardiã.

Após esse conhecimento e a sintonia, é muito gratificante ser médium da Maria Farrapo, uma amiga fiel e para todas as horas. 

Exú Tatá Caveira


Trabalha diretamente sob as ordens do Exú Caveira, que por sua vez é um dos maiorais na linha do cemitério. Apresenta-se astralmente sob a forma de uma caveira, tal como o seu chefe.

Antes da incorporação, o médium sente calafrios, náuseas, o corpo enrijece, as mãos suam e vários tremores percorrem ao corpo do médium sempre iniciando dos pés a cabeça, pois ele é da linha do cemitério “praticamente vem do chão”.

Por causa disso, às vezes ele facilita com que o médium seja lançado ao chão ou fique deitado e também de joelhos até a sua incorporação completa.
O médium também fica às vezes com os dentes “tirititando”. Inicialmente, o médium incorporado levanta-se com dificuldade e ao caminhar também.

Veste-se com uma capa preta que o reveste quase integralmente, ficando os pés, as mãos e a cabeça descoberta. Adora bebidas como marafo, vinho, uísque, conhaque e cerveja. Fuma charutos escuros e costuma brincar com o seu charuto, fumando-o ao contrário.

Quando em Terra, trabalha com velas amarela ou vermelho-preta, punhais, água com sal e flores amarelas.

Exú Rei das Sete Encruzilhadas


Este Exú comanda uma das falanges mais poderosas e numerosas de Exús. Sua aparência astral é a de ser visto como um ente humano normal qualquer, com a característica está sempre vestido de preto.


Esse Exú tem a particularidade de não incorporar, apenas faz com que os seus comandados obedeçam as suas ordem diretas.

Isso não quer dizer que não tenha força. Tem e muita. É muito comum em seus trabalhos pedir aos consulentes para colocarem nas encruzilhadas charuto aceso ou uma garrafa de marafo.

Incorporado, apresenta-se e caminha como uma pessoa normalmente, sem máscara de sofrimento, gosta muito de receber honrarias, adora ser servido e ser bem tratado, como só acontece com quem é Chefe. Protege demais os seus médiuns dando a eles a intuição de perigo e da desconfiança quando alguma coisa não vai bem.

Adora bebidas finas em taças e fuma charutos de boa qualidade. Come carne de todos os tipos. As cores das guias e das velas são pretas, vermelhas ou vermelho-preto. Trabalha muito com a erva de guiné para a fixação do seu médium.

Sempre deixa patente para que o seu médium goste e trabalhe mais com ele do que com as entidades do lado direito da Umbanda.

Exú Mirim


Trabalha junto com Exú e Pomba-Gira para a proteção e sustentação dos trabalhos da casa. Não aceitar Exú-Mirim é proceder a casa sem aceitar Exú e Pomba-Gira, mas que a partir do astral e sem que ninguém perceba, recebe a sua proteção.

Exú-Mirim é o responsável por criar os meios ou as situações para o desenvolvimento e o amadurecimento do médium. Apresenta-se como criança travessa, brincalhona, esperta e extrovertida. Apesar de ser bem “agitada”, sua manifestação deve está sempre dentro do bom-senso, afinal dentro de uma verdadeira casa de Umbanda, ele sempre se manifesta para a prática do bem sobre o comando direto de Exú e Pomba-Gira.

Quando é respeitado, bem direcionado e doutrinado pelos Exús e Pomba-Gira, torna-se um ótimo trabalhador, realiza trabalhos magníficos de limpeza astral, cura e quebra de demanda. Carrega a força de “desenrolar” a nossa vida, levando todas as nossas preocupações para bem longe. E também é um ótimo revelador de trabalhos realizados ou participação de espíritos obsessores (quiumbas) que estejam atuando contra nós, “desocultando-as” e acabando com as suas atuações.

Adora bebidas como uísque, licor e pinga com mel. Fuma charutos, cigarros e cigarrilhas. Suas oferendas devem ter fígado bovino picado e frito com azeite de dendê e farofa com miúdos de frangos. Trabalha muito com fitas vermelho-preta, pembas preto-vermelha e velas bicolores (preto-vermelha).

Exú Caveira


É o grande encarregado da vigília dos cemitérios ou dos lugares, onde são enterrados os mortos, ou seja, é o Exú responsável pelas almas. 


Qualquer trabalho a ser feito em cemitério, ter que ter uma salva a ele, caso contrário o trabalho não surte o efeito desejado.

Apresenta-se sempre na forma de uma caveira. Usam-se vestes sempre com uma capa preta. Costuma-se trabalhar para o bem, principalmente em casos de saúde. 


Ao se mover, parece girar num pé só, enquanto o outro pé fica travado no chão. É bastante desembaraçado ao falar, e quando fala é apenas o necessário. Interessa facilmente pelos problemas das pessoas e demora em suas consultas.

Adora bebidas como conhaque, uísque e marafo. Fuma charutos e cigarrilhas. Seus trabalhos são feitos com galo preto, farofa com dendê, pipoca e etc. As cores das suas velas é preta, amarela ou vermelha. Sua guia é amarelo-preta, tendo uma caveira pequena pendurada.

Exú Caveira pertence à linha negativa dos Pretos-Velhos sendo serventia da Vovó Maria Conga.

Exú Marabô


Possui um porte ereto e elegante. Apresenta-se falando pausadamente e com uma delicadeza extrema. Astralmente veste-se de vermelho-preto e gosta de usar cobre em seus assentamentos. Trabalha na linha negativa de Oxossi como serventia do Caboclo Arranca-Toco.

Sr. Marabô têm uma legião que trabalha no desmancho de trabalhos de magia negra. Sua poderosa legião também atua no desmancho de correntes negativas em pessoas que sentem atingidas por espíritos obsessores (quiumbas) que provocam descargas gerando queda na vida financeira, desemprego e vícios.

Seu ponto de força é na encruzilhada de ferro (trilho de trem). As cores das velas e da guia são vermelho-preto. Adora bebidas finas e fuma charutos finos.

Exú Capa Preta


Trata-se de uma entidade que quando em Terra foi um padre da Igreja Católica em uma época remota. Algumas pesquisas relatam que pode ser encontrada parte da sua biografia em uma antiga colônia, hoje denominada Pensilvânia.

Foi um grande bruxo com profundo conhecimento sobre os mistérios da magia e da Quimbanda. Conseguiu ultrapassar a barreira do tempo de sua própria existência através da prática da magia e hoje incorpora nos médiuns para dar consultas e resolver problemas espirituais utilizando o seu conhecimento milenar, a sua magia e o seu poder de Exú.

Possui uma aparência imponente, mas crispado. Apresenta-se muito sério, fechado, calado e triste. Ao realizar seus trabalhos se transforma num bruxo poderoso em volta da sua capa fazendo invocações para os problemas que ele não possa solucionar.

Quem recorre a esse Exú para solucionar os seus problemas, seja ele de ordem física ou espiritual jamais sai sem solução. Seus trabalhos são eficazes de resultado imediato, solucionando qualquer problema dentro de 07 dias após a realização do trabalho solicitado.

Seus trabalhos são feitos com crânio, pólvora, punhal, fita preta, bonecos, terra de cemitério e caixões. Adora bebidas como pinga com mel, marafo, licor e conhaque. As cores das guias e das velas são amarela ou vermelha-preta.

Pertence a linha negativa de Oxossi como serventia do Caboclo Cobra Coral. Seus poderes estão nas encruzilhadas e também nos cemitérios, além de realizar trabalhos dentro de seu circulo cabalístico nos terreiros de Umbanda nos quais ele predomina.

Caboclo ou Cacique Tupinambá


É um espírito singular que personifica como poucos o Orixá na qual pertence e representa Oxossi. Possui um humor constante e inabalável, é firme e combativo sem deixar de ser alegre e carinhoso.

Sábio, seguro, paciente e carismático, está sempre presente em quase todas as casas de Umbanda no Brasil. Como ele sempre diz: Tupinambá é como um bambu, forte e flexível, sabe se vergar e por isso não pode ser quebrado.

Este caboclo foi enviado a Terra com chefe de falange através do Caboclo das Sete Encruzilhadas. Sua missão é a cura através das folhas sagradas.

Caboclo ou Cacique Cobra Coral


Foi um índio de origem asteca, onde ele era o chefe da tribo. Na nossa querida e amada Umbanda, trabalha na linha de Xangô onde sempre está presente no cume das pedreiras, nas cachoeiras e nas matas.

Cobra Coral é um índio tranqüilo e sábio, profundo conhecedor das magias e das curas. Conhece todos os segredos dos animais peçonhentos. Sua imagem é de um cacique alto, sempre trazendo um tacape na sua mão esquerda e também uma cobra coral na sua mão direita e outra na cintura.

Ele não é apenas um famoso no mundo físico e também no plano espiritual se conhece bem a sua fama. É muito temido pelos espíritos de ordem inferior (quiumbas) sendo conhecido no submundo astral como “O Grande Cobra Coral”.

No submundo astral, muitos espíritos inferiores (quiumbas) e chefes de agrupamentos têm verdadeiro pavor de encontrá-lo. E no mundo dos mágicos e dos magos, é conhecido como “O mago do Cajado da Cobra”.

Caboclo ou Cacique Pena Branca


Nasceu aproximadamente em 1425 na região central do Brasil entre Brasília e Goiás, onde seu pai era cacique da tribo. Era o filho mais velho e desde cedo demonstrava uma diferença entre os outros índios da mesma tribo, porque possuía uma inteligência extraordinária.

Cacique Pena Branca foi um dos primeiros a incentivar a melhora das condições das tribos vizinhas, e por isso assumiu a tarefa de fazer intercâmbios com outras tribos, entre elas a Jê (Tapuia). Quando fazia uma das suas peregrinações conheceu a região nordeste do nosso país, e também conheceu uma índia Tupinambá que viria a ser a sua mulher que se chamava “Flor da Manhã” a qual foi sempre o seu apoio.

Certo dia, Pena Branca estava em cima do Monte Pascoal no sul da Bahia foi o 1º a avistar a chegada dos portugueses na suas naus com grandes cruzes vermelhas no leme. Esteve presente na 1ª missa realizada no Brasil pelos Jesuítas. Desde então, procurou ser o porta-voz entre os índios e os portugueses, sendo precavido pela desconfiança das intenções daquele homem branco que ofereciam espelhos e pentes.

Aprendeu rapidamente o português e a cultura cristã dos Jesuítas. Teve grande contato com os corsários franceses que chegaram sem o conhecimento dos portugueses sobre a costa brasileira, muitos antes das grandes invasões de 1535; onde aprendeu também o francês.

O Cacique Pena Branca faleceu no ano de 1529 com 104 anos de idade, deixando grande saudades a todos os índios do Brasil, sendo reconhecido na espiritualidade como servidor da assistência aos índios brasileiros junto com os grandes espíritos como o Cacique Cobra Coral e Cacique Tupinambá.

sábado, 9 de junho de 2012

Caboclo Sete Flechas


Essa entidade vem na linha de Oxossi, porem devemos ter em mente que esse caboclo foi agraciado com 07 flechas em que cada uma delas representa a força de um orixá.
Caboclo Sete Flechas recebeu essas 07 flechas dos Orixás a mando de Oxalá e essas flechas são definidas assim:
    1.    Oxossi colocou uma flecha no seu braço direito que representava a flecha da saúde para que ele derramasse sobre todos nós os bálsamos curadores.

    2.    Ogum colocou uma flecha no seu braço esquerdo que representava a flecha da defesa para que ele defendesse todos nós das maldades materiais e espirituais.

   3.    Xangô cruzou uma flecha no seu peito para que ele nos defendesse das injustiças da humanidade.

   4.    Iansã cruzou uma flecha em suas costas para que ele nos defendesse das traições de nossos inimigos.

   5.    Iemanjá colocou uma flecha sobre a sua perna direita para que ele abrisse nossos caminhos materiais e o caminho da espiritualidade.

   6.    Oxum colocou uma flecha sobre a sua perna esquerda para que ele lavasse os nossos caminhos, iluminasse o nosso espírito e nos defendesse de todas as forças contrarias a vontade de Deus.

  7.    Omulu entregou em suas sagradas mãos a flecha da força astral superior para que ele distribuísse à humanidade a divina força da fé e da verdade.

Caboclo Sete Flechas têm um conhecimento profundo das ervas e das folhas da nossa flora. Trabalha na cura e é um excelente vencedor de demandas espirituais, por isso, muitas pessoas costumam dizer que ele é um Caboclo Mandingueiro, ou seja, um quebrador de mandingas destinadas aos seus filhos e aos seus protegidos.